Xamã: hit 'Malvadão 3' surgiu de noite de drinks e versos livres, 'bem irresponsável mesmo'
Música
Publicado em 13/01/2022

Rapper nº1 das paradas fala ao g1 sobre versos espontâneos com cenas do 'cotidiano brasileiro', de 'bunda com fermento' e 'preço da passagem': 'Sempre precisei muito de condução pública'.

 

O dono da música mais tocada no país hoje, com citações brasileiríssimas a "bumbum com fermento", "bigodin finin" e "preço da passagem", já tentou ser ser MC Deadpool e MC Nightwof. Mas Xamã achou sua força nas cenas cotidianas nacionais e nos versos livres como de "Malvadão 3".

 

Em entrevista ao g1, o rapper lembra a época em que vendia amendoim no trem enquanto fazia shows para três pagantes e explica a origem "espontânea" de seu hit nª 1. Já recuperado da Covid, que pegou no início do ano, Geizon Fernandes, 32 anos, falou sobre:

 

- A criação desse e outros hits 'curtindo no estúdio, inventando melodias, fazendo 'freestyle''.

- O motivo de sempre citar o "preço da passagem": a vida sofrida nos trens e ônibus do Rio.

- A carreira embalada por parcerias dentro e fora do rap, de Ludmilla a Marília Mendonça.

- O desejo de popularizar o rap e o contato com João Gomes, que vai gravar uma música dele.

- O impacto psicológico e a pausa nas redes após uma mulher inventar uma gravidez dele.

- O erro de tweets homofóbicos e como conversa com Gloria Groove para aprender sobre isso.

- Planos para 2022: um livro, singles de rap e um álbum todo em outro estilo...

 

 

Leia abaixo os principais trechos da conversa:

 

g1 - 'Malvadão 3' tem versos de apelo muito popular tipo o 'vapo vapo', o 'bigodin finin', a 'bunda com fermento'. Você já escreveu essa pensando num potencial mais amplo?

 

Xamã - Não, na verdade todas as músicas que eu construo são como uma história em quadrinhos. Está acontecendo um monte de coisas, parece que aquelas imagens estão em movimento.

Eu crio a melodia e tento colocar palavras do cotidiano do brasileiro, que ele usa diariamente. Você encanta a pessoa com uma melodia bacana e coloca um texto, um mini-roteiro de dois minutos, e as pessoas se identificam.

 

Fonte: g1/globo.com

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